domingo, 10 de março de 2013

A vida em um quarto


Numa noite fria qualquer, fui fisgado por um momento frio chamado solidão. Aquela noite parecia que não havia tempo, parecia infinito aqueles momentos. Que demora.

Dado momento, num quarto, fui pego por momentos passados. Lembrei-me de coisas que vivi e escrevi o gélido momento de estar só. O quarto era a pior companhia para aquele momento. O escuro parecia ser o melhor amigo, e a melhor parceira era de fato, o silêncio.

Mas silêncio é o que não tinha, dentro de mim ecoavam vozes do passado, dizendo-me o motivo de ter deixado passar tamanha grandeza de 'sentir'. O sentir perdido era aquilo que não podia passar adiante. Apenas na espera de que o tempo passasse, não esperei por ouvir vozes me dizendo os erros que cometi em momentos de pura e íntima timidez... Que erro. Então me propus a escrever. Mesmo que em pequenos versos, quis escrever. “-Já não suporto mais tamanha aflição” - assim pensava dentro de mim.

         Nas muitas vezes em que eu escrevia, poucas eram as pessoas que gostavam. Não liguei para isso, só quis me livrar do peso da solidão. Meu melhor amigo era o escuro, nele me vi só dentro de um quarto fechado, sem visitas. Até que descobri uma janela. E que janela... Nela me foquei e me desfoquei de todos os meus desejos. Eu só queria esquecer! Tudo bem que minha forma de esquecer foi a pior, mas a janela foi minha única alternativa para aquele momento...

         Então sai do quarto, passei por além daquela janela e encontro lá fora algo que me chama grande atenção! Paixão!? Quem saberia ao certo...? Como queria me entregar a esse novo sentir, mas minha timidez nem me permitiu entrar de fato nisso. Até que o amor teve ciúmes da paixão e resolveu voltar. Que conflito! Me vi dividido! {Confesso, não fiquei}. Esse que vos escreve disse a si mesmo, o que é melhor, a paixão ou o amor? De fato que o amor. Finalmente esqueci... Mas de que adiantou se o amor voltou? E com força! Na verdade eu REVIVI, e a solidão deu espaço ao que antes tinha primeiro lugar! Ah o amor...

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