sábado, 20 de dezembro de 2014

O gostar



Chega a ser interessante o momento em que gostamos de alguém. Nós mudamos nossa forma de ver o mundo, a forma de ver até as coisas mais simples do dia. Qualquer situação torna-se único e até mesmo inesquecível. É uma situação notória em nossos olhares e ações. 

Só existe um único desejo dentro de nós – um ardente desejo –, de querer ficar a cada segundo mais próximo da pessoa a qual gostamos, mesmo que para isso tenhamos que fazer ou passar por situações as quais nunca passamos ou fizemos. Mas tudo acaba sendo feito porque no final sabe-se que vale a pena todo aquele esforço momentâneo para uma lembrança duradoura. 

Se analisarmos bem, são essas lembranças que vamos sempre alimentar o nosso desejo de gostar, o desejo de querer, de se aproximar, de fazer a outra pessoa sorrir. Sorrir um sorriso sincero, expressar uma espontânea sensação de ter gostado daquilo que a fez sorrir. As lembranças têm o poder de nos colocar em situações extremas, as quais, se com grande denotação a alimentarmos, ficamos reféns dos bons momentos e serão esses bons momentos lembrados que alimentarão a esperança em meio as situações mais difíceis no gostar. 

Nem tudo é perfeito e isso deve ser superado. As dificuldades vêm para duas situações. Primeiro: para fortalecer o gostar e mostrar que a dificuldade veio para consolidar um sentimento único e verdadeiro, e que, diante de outras dificuldades, já haverá uma grande experiência para enfrentar outras dificuldades com mais força e persistência na união dos que se gostam, ou, em segunda situação, afastar de vez os que se gostam e mostrar aos mesmos que aquele gostar era fraco e não resistiu a tal situação, por mais difícil e forte que tenha sido ou até mesmo impossível de se esquecer. 

Podemos sim escolher, diante do nosso gostar, qual das duas situações vamos viver. Se o gostar for sincero, a primeira opção aparecerá logo que a dificuldade vier e o querer ficar juntos será a chama que nos manterá aquecidos diante da frieza da dificuldade. Ou então escolhemos o caminho mais fácil e desistimos e admitimos que o nosso gostar não passou apenas de um único momento. Você, o que escolhe?

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